Projetos

Banco de Dados de Jurisprudências e Peças Criminais
A atuação do Ministério Público na área criminal demanda, cada vez mais, respostas ágeis, eficientes e tecnicamente precisas. Esse cenário é impulsionado pelo crescimento expressivo da demanda e pela complexidade crescente dos casos analisados.
Não obstante a independência funcional que orienta a atuação dos membros do Ministério Público, identificou-se a necessidade de criar mecanismos que garantam acesso rápido, seguro e organizado a precedentes jurisprudenciais relevantes.
A proposta está alinhada ao art. 9º, II, da Resolução nº 004/2021–CPJ, que autoriza o envio de informações técnico-jurídicas, sem caráter vinculativo, aos órgãos de execução. O objetivo é fortalecer a fundamentação jurídica e promover uma atuação mais resolutiva, eficaz e tecnicamente qualificada.
Nesse contexto, surge o projeto de criação do Banco de Jurisprudência e Peças Criminais, com o objetivo de fortalecer a eficiência institucional. A iniciativa visa oferecer suporte técnico e informacional à atuação ministerial, promovendo:
- A qualificação da fundamentação jurídica;
- A disseminação estruturada do conhecimento jurídico;
- O intercâmbio de boas práticas entre unidades do Ministério Público;
- O reaproveitamento de peças processuais bem-sucedidas.
Mais do que um repositório, o Banco será uma ferramenta estratégica para aprimorar a resolutividade, a eficácia e a qualidade técnica das manifestações ministeriais na seara criminal.
Projeto de Enfrentamento à Violência Doméstica nos Condomínios e Conjuntos Habitacionais
A violência doméstica e familiar contra a mulher é uma grave violação dos direitos humanos e um obstáculo persistente à igualdade de gênero no Brasil. Apesar dos avanços legais, como a Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006), os índices de violência continuam alarmantes, exigindo novas estratégias de prevenção e enfrentamento.
Nesse cenário, os condomínios e unidades habitacionais ganham relevância como espaços estratégicos para identificar e notificar casos de violência, já que muitos desses crimes ocorrem dentro do lar, longe do olhar público. Lei nº 14.022/2020 , juntamente com legislação estadual Lei nº 9.278/2021, atribui aos síndicos e administradores o dever legal de comunicar às autoridades competentes qualquer indício ou ocorrência de violência doméstica de que tenham conhecimento.
ADiante disso, este projeto propõe aprofundar a compreensão jurídica sobre a responsabilidade dos condomínios e unidades habitacionais na proteção das mulheres em situação de violência. Além disso, busca capacitar gestores condominiais sobre seus deveres legais e incentivar a criação de protocolos internos de prevenção e encaminhamento. O objetivo é fortalecer a rede de proteção e contribuir para a efetividade da Lei Maria da Penha no contexto condominial.
"Nós Por Elas": MPPA Rumo à Excelência com o Selo Platina
O Ministério Público do Estado do Pará, enquanto instituição essencial à defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos direitos fundamentais, reconhece a urgência de fortalecer sua atuação no enfrentamento à violência de gênero e na promoção da equidade institucional. A obtenção do Selo Platina, concedido pelo Instituto “Nós por Elas” em parceria com a ABNT, representa uma oportunidade estratégica para consolidar esse compromisso de forma estruturada, permanente e reconhecida nacionalmente.
A certificação visa reconhecer instituições que adotam práticas efetivas de promoção da igualdade de gênero, inclusão e justiça social, alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), especialmente o ODS 5 – Igualdade de Gênero. Nesse contexto, o projeto justifica-se pela necessidade de institucionalizar políticas de equidade de gênero, sistematizar ações de enfrentamento à violência contra a mulher e fortalecer a cultura organizacional baseada na dignidade.
Além disso, a iniciativa busca superar lacunas históricas na formalização de práticas inclusivas, evitar a descontinuidade de ações relevantes e garantir a sustentabilidade de políticas públicas internas, promovendo um ambiente institucional mais justo, seguro e representativo. A certificação também funcionará como um instrumento de transparência, prestação de contas e valorização do papel do MPPA como agente transformador da sociedade.