Promotoria vistoria abatedouro que passará por obras de adequação

O Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) realizou nesta quinta (27) uma vistoria no abatedouro municipal de Goianésia do Pará. Anteriormente, o matadouro havia sido interditado e só foi reaberto agora em julho, para que fossem executadas as primeiras obras de adequação. Participaram da visita técnica a promotora de justiça Aline Neiva Alves da Silva, a engenheira do Grupo de Apoio Técnico Interdisciplinar (GATI) Pauliane Santos Silva Santana e o juiz Jose Jocelino Rocha.

A Promotoria não se opôs a desinterdição do abatedouro municipal para o início das obras de melhoria e recuperação do empreendimento, bem como, não se opôs ao retorno das atividades após a realização das melhorias imediatas, condicionado a apresentação do cronograma especifico no tocante as demais providencias a serem adotadas para total regularização do matadouro
Na decisão judicial, assinada no dia 10 de Julho, o magistrado estabeleceu o prazo de 45 dias para que fosse realizada a primeira reforma no local. Dentre os ajustes estão a construção piscinas para tratamento de líquidos e sólidos do matadouro, depósito para armazenamento dos couros de animais abatidos, cerca para segurança e delimitação do terreno, reforma de todos os equipamentos metálicos oxidados e do tanque de limpeza de vísceras, instalação de forro e portas para vedação da área interna, revestimento dos pisos e paredes e instalação de lavatório, revisão das instalações elétricas existentes e outros.

As obras executadas serão avaliadas pela Justiça, que irá determinar a retomada das atividades do local. Após isso, a prefeitura terá 30 dias para apresentar cronograma para ampliação da sala de matança, pavimentação o matadouro, solicitação de veterinário para inspeção sanitária e outras melhorias.
Em 2019, antes da interdição judicial, eram abatidos em média 23 animais por dia no matadouro, que apresentava péssimas condições sanitárias de funcionamento, com dejetos sendo escoados para o igarapé Rio Verde, próximo ao local. Além disso, os bois abatidos não eram vistoriados por médico veterinário.

Texto: Sarah Barbosa
Fotos: PJ de Goianésia do Pará