Promotoria se reúne com comunidade Quilombola Terra da Liberdade para abordar desafios e demandas

Na última sexta-feira, dia 29, a 1ª Promotora de Justiça de Cametá, Patrícia Medrado Assmann, representando o Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), conduziu uma reunião no Tribunal do Júri do Fórum de Cametá. O encontro teve como propósito dar continuidade às demandas apresentadas pela comunidade quilombola Terra da Liberdade em reunião anterior, ocorrida em 15 de outubro.
Estiveram presentes na reunião o Procurador do município, Venino Tourão Pantoja Junior (OAB/PA), representantes da Secretaria de Educação, Edivan Castro, Juan Barata, Cristian Lousada (Assessoria Jurídica) e Alexandre Pantoja (Chefe do Departamento Pedagógico); da Secretaria de Saúde, Gisele Wanzeler (Assessoria Jurídica) e Klenard Ranieri (Secretário de Saúde); da Secretaria da Agricultura, Lourivaldo Martins (Técnico em Agropecuária); e da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMMA), Lucas Fernandes (Secretário), Daniel Leão (Assessor Jurídico), Feliciano Neto (Diretor de Educação Ambiental), Jonas Rodrigues (Diretor do Licenciamento Ambiental) e Maria Doralice (Chefe da Fiscalização).

Também estavam presentes líderes comunitários, Saturnina dos Reis Progênio e Deolinda Duarte Cordeiro da Comunidade Mupi; Manoel Raimundo Souza do Rei da Comunidade Tabatinga Média; Rosália Maria Veiga dos Santos e Romildo Franco Serrão da Comunidade Laguinho; João Eder Ferreira da Cruz, João Benedito Lopes da Cruz e Maria Valda Ferreira da Cruz da Comunidade Ilha Grande do Cupijó; e Manoel Liduíno de Carvalho da Comunidade Itapocu, também Presidente da Associação de Desenvolvimento Sustentável das Comunidades Remanescentes de Quilombos Terra da Liberdade.
O Procurador do município explicou que os representantes das Secretarias estavam presentes para esclarecer e ouvir as demandas das comunidades. O Secretário da Associação Terra da Liberdade e da comunidade Tabatinga Média, Manoel Raimundo “Duca”, ressaltou a importância da criação da Associação para a conquista de direitos e garantias das comunidades quilombolas. Ao longo do tempo, algumas conquistas foram alcançadas, mas ainda há muitos pontos a serem melhorados. A Associação é composta por oito comunidades.
Quanto às obras e reformas das escolas, foi informado que em 2021 houve um levantamento prévio realizado pelo município para o planejamento das reformas. Em relação às Escolas, a comunidade tem lutado para conseguir a contratação de professores. A Escola Maria Pimenta é uma das maiores, e quando os professores vêm à cidade para resolver questões junto à Gestão, nem sempre são atendidos.
Manoel Liduíno informou que, com o passar do tempo, as comunidades tradicionais viviam isoladas, destacando a dificuldade de acesso e tráfego nas comunidades. Nem todas têm acesso para escoar suas produções para a cidade. Ele parabenizou a Secretaria de Agricultura e a SEMMA por desenvolverem projetos dentro da comunidade. No primeiro semestre, os alunos não tiveram aula de algumas matérias por falta de professores.
Algumas escolas necessitam de reparos, pois as aulas são interrompidas devido a alagamentos causados pelas chuvas. As salas de aula precisam de sistemas de ar condicionado, pois ficam muito quentes. Também é necessário ter um vigia para garantir a segurança dos alunos, entre outras melhorias.
Na comunidade, não há posto de saúde para atender a população. O representante da Secretaria de Saúde informou que a população é atendida em Juaba, devido a uma parceria que foi estabelecida para que Juaba ofereça atendimento às comunidades do entorno. Além disso, foram apresentadas dificuldades de locomoção devido a pontes danificadas, o que torna o acesso e o tráfego problemáticos.
Texto: Assessoria de Comunicação.
Fotos: 1ª PJ de Cametá.