Promotoria da Infância alerta sobre uso da internet para crimes sexuais

Na última 6ª feira (13) a 7ª Promotoria de Justiça da Infância e Juventude reuniu com um grupo de educadores da semiliberdade e da internação para discutir, por meio da palestra “#naveguenãonaufrague”, os cuidados que crianças e adolescentes devem ter ao navegar na internet, para que não sejam vítimas de crimes sexuais. O evento ocorreu no auditório da PJ da Infância.
“Hoje a internet é um meio muito utilizado para pesquisas, estudos e compras, bem como para comunicação. Essa nova forma de comunicação exige a observação de regras e muito cuidado”, alerta a promotora de Justiça Ângela Balieiro, uma das palestrantes. O evento contou ainda com exposições da delegada Vanessa Lee, da Divisão de Prevenção e Repressão aos Crimes Tecnológicos e da pedagoga do Ministério Público do Estado, Bethânia Vinagre.
A Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou no ano de 2018 que 51,2% da população mundial estaria conectada à internet até o fim daquele ano. O resultado foi fruto de levantamento feito por uma das agências da instituição, a União Internacional de Telecomunicação (UIT). Ressalta-se que foi a primeira vez que o número de pessoas com acesso à rede mundial de computadores ultrapassa a marca de 50%.
“Ante a explosão do mundo digital, e a necessidade de se alertar o público infantojuvenil para o cuidado ao acesso da rede digital, é que objetivamos em alertar para os crimes sexuais cometidos na internet”, enfatiza Balieiro.
Com base na Cartilha “#Naveguenãonaufrague” elaborada pela promotora de Justiça Mônica Freire, a Promotoria da Infância e Juventude iniciou uma série de palestras ao longo do ano, cujo público alvo são os socioeducandos e internos do sistema de socioeducativo.
Na palestra foi abordada a utilização das redes sociais para atrair vítimas para a prática de violência sexual com contato físico e também o uso das redes como instrumento para a prática de crimes virtuais dessa natureza. Foram destacados ainda os conceitos sobre a materialização da violência sexual por meio do abuso e da exploração sexual.
O abuso sexual é a utilização do corpo de uma criança ou adolescente por um adulto para a prática de qualquer ato de natureza sexual. Pode ocorrer no âmbito da família, pode ser praticado por pessoas conhecidas e também pode ser cometido por estranhos.
Já a exploração sexual é a utilização sexual de criança ou adolescente com a intenção de obter alguma vantagem, seja financeira ou de qualquer outra espécie. Pode ocorrer por meio da prostituição infantil, pornografia infantil (venda de imagens), turismo sexual e tráfico de pessoas. Saiba mais aqui.Edição: Assessoria de Comunicação