Promotoria Agrária promove três dias de atividades no Território Quilombola Jambuaçu
A Promotoria de Justiça Agrária de Castanhal promoveu, no período de 8 a 10 de novembro, duas oficinas e uma reunião no Território Quilombola Jambuaçu, no município de Moju, com todas as comunidades locais, para buscar um diálogo interno e falar sobre os danos e impactos socioambientais que as comunidades têm sofrido com os projetos instalados no território, nos últimos anos. A atividade contou com a parceria da Secretaria Municipal de Direitos Humanos de Belém, que ajudou na condução das conversas, na utilização das metodologias autocompositivas, na construção de um círculo de diálogo e de paz.
Pelo Ministério Público do Estado atuou a Promotora Agrária e coordenadora do Núcleo Agrário e Fundiário (NAF), Ione Nakamura, e os técnicos do Grupo de Apoio Técnico Interdisciplinar (GATI) do MPPA, engenheiro Dilaelson Rego, gestora ambiental Soraya Knez, economista Regiane Rego e socióloga Heloisa Feio. Pela Secretaria de Direitos Humanos participou como facilitadora a técnica Ingrid Santos.
Nos dias 8 e 9 de novembro, foram realizadas oficinas na Casa Família Rural e no Barracão da Comunidade Poacê, respectivamente. O café da manhã coletivo abriu as atividades, seguido por uma explicação da proposta e uma dinâmica de conexão do grupo.
Em seguida a Promotora de Justiça Ione Nakamura e a equipe do GATI conduziram apresentações sobre os termos técnicos específicos (mitigação, reparação, compensação ambiental, entre outros), oferecendo esclarecimentos fundamentais para a compreensão das comunidades afetadas. Além disso, a participação ativa da Malungu enriqueceu as discussões e contribuiu para uma abordagem mais abrangente e inclusiva durante as oficinas.
Nesses dois dias a cartografia social, atividade central, possibilitou que cada comunidade expressasse seus elementos significativos. A apresentação dos grupos e a avaliação encerraram as oficinas, que foram finalizadas com uma apresentação cultural da comunidade, incluindo música e canto.
Já no dia 10 de novembro, na Casa Família Rural, ocorreu uma reunião com cerimônia de abertura, seguida por uma explicação da proposta do encontro e uma conexão com a ancestralidade. A construção de valores e diretrizes de convivência foi realizada, destacando a importância da participação ativa de cada membro. A abordagem do problema explorou a percepção do território, a divisão das comunidades e as necessidades a serem atendidas para fortalecer o território. Ao final foi realizada uma cerimônia de fechamento, com um almoço comunitário.
Texto e fotos: Promotoria Agrária, com edição da Ascom MPPA