ATENDIMENTO AO CIDADÃO

Procurador-geral recorre contra liberdade de denunciados por morte de família

Em seu pedido, Gilberto Martins solicita que o plenário reveja a decisão liminar de Marco Aurélio Mello e reestabeleça a prisão de Henrique Buchinger e dos outros seis denunciados pelas mortes de Írma Buchinger Alves, Luiz Alves Pereira e Ambrosio Buchinger Neto.
Belém 18/06/18 16:32

 

O procurador-geral de justiça do Pará, Gilberto Valente Martins, encaminhou recurso ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo que o plenário da corte reveja a decisão do ministro Marco Aurélio Mello, que colocou em liberdade sete homens denunciados pelo assassinato de Írma Buchinger Alves, Luiz Alves Pereira e Ambrosio Buchinger Neto, no município de Altamira, em 2016. Henrique Buchinger Alves foi um dos homens posto em liberdade. Filho de Irma e Luiz e irmão de Ambrosio, ele é considerado um dos mentores do crime.

O ministro Marco Aurélio deferiu em caráter liminar, no último dia 12 de junho, o pedido de habeas corpus a Matheus de Oliveira Costa, o “Mathezinho”, um dos denunciados pela morte de Irma, Luiz e Ambrosio. A decisão acabou por beneficiar os outros seis denunciados: Anderson Góes Moraes (vulgo “Galego”), Aguinaldo Soares de Brito (vulgo “Andrade”), Francisco Denis de Oliveira Leite, Renato Silva e Silva, Maycom Irlan Paiva de Souza (vulgo “Rato”) e Henrique Buchinger Alves. O ministro argumentou que os denunciados estão presos de forma preventiva por prazo excessivo (mais de dois anos), o que seria tempo desproporcional para pessoas cuja responsabilidade penal não foi declarada em definitivo.

No recurso apresentado na última sexta-feira (15) ao STF, o procurador-geral Gilberto Martins alega que a liminar deferida pelo ministro Marco Aurélio traz prejuízo processual e que há fatores que justifiquem a manutenção da prisão dos denunciados. Além do clamor público, o chefe do Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) destaca o risco de que os réus possam, de alguma forma, interferir no depoimento das vítimas e/ou testemunhas. “A liberdade precoce dos recorridos provoca severos prejuízos à instrução criminal, face ao temor experimentado pelas testemunhas que serão ouvidas em juízo”, explica o Gilberto Martins.

Em seu pedido, Gilberto Martins solicita que o plenário reveja a decisão liminar de Marco Aurélio Mello e reestabeleça a prisão de Henrique Buchinger e dos outros seis denunciados pelas mortes de Írma Buchinger Alves, Luiz Alves Pereira e Ambrosio Buchinger Neto.

Lembre o caso

De acordo com os registros policiais, na noite do dia 6 de janeiro de 2016, os empresários Luiz Alves e Irma Buchinger foram mortos por asfixia dentro da residência do casal, localizada à Rua Anchieta, em Altamira, onde também funciona o estabelecimento comercial da família denominado Kiara Modas.

Conforme os autos, Henrique Buchinger, filho do casal, estava no interior da residência e autorizou os acessos de Anderson Moraes e Matheus Costa, que entraram no local armados com revólver e executaram, com requintes de crueldade, por meio de asfixia, as vítimas Irma Buchinger e Luiz Alves. Ambrosio Buchinger Neto, irmão de Henrique, estava no local e também foi asfixiado.

Os denunciados ainda trancaram Chiara Buchinger Alves, irmã de Henrique Buchinger, em um banheiro da casa, e mediante violência e grave ameaça exercida por arma de fogo, subtraíram da mesma um aparelho celular.

Segundo as investigações, Henrique Buchinger contratou os demais denunciados para matar Írma Buchinger, Luiz Alves e Ambrosio Buchinger sob a promessa pagar a quantia de R$ 40 mil.

Texto: Assessoria de Comunicação Social'

 

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