A 12ª Promotora de Justiça Agrária de Marabá, Alexssandra Muniz Mardegan, está conduzindo iniciativas no âmbito do Programa de Apoio e Defesa da Autossustentabilidade e do Respeito à Biodiversidade, promovido pelo Ministério Público do Estado do Pará (MPPA). Entre os seis projetos que integram esse programa, merece especial destaque o "Projeto Abelha Rainha", cujo objetivo é fomentar o desenvolvimento sustentável em comunidades indígenas e rurais, com foco especial na Aldeia Nova Jacundá, situada no município de Jacundá, onde reside o Povo Guarani.

No mês de agosto deste ano, durante a primeira visita à Aldeia Nova Jacundá, a Promotora de Justiça Alexssandra Mardegan e sua equipe identificaram várias questões que afetavam essa comunidade indígena. Foi nesse momento que surgiu a oportunidade de lançar o "Projeto Arapuã", elaborado especialmente para essa aldeia, com foco na preservação das tradições e potencialidades de cada povo indígena.

O projeto beneficiou 40 famílias e tem como principal objetivo impulsionar a produção e a comercialização de mel na cultura indígena da Aldeia Nova Jacundá. Ele visa manter os indígenas em suas terras, promovendo a subsistência por meio da venda de produtos, acrescentando valor a eles, gerando renda e, ao mesmo tempo, preservando e restaurando a floresta. O foco central do projeto é a revitalização florestal, com ênfase no desenvolvimento da apicultura como a principal fonte de receita da comunidade, especialmente voltada para as mulheres indígenas.

No dia 1º de novembro, após a colaboração de diversos parceiros do projeto, a representante do MPPA participou da entrega de caixas de abelhas e outros insumos essenciais para o desenvolvimento da apicultura na Aldeia Nova Jacundá. No entanto, além disso, tornou-se evidente que outras ações eram necessárias, como a manutenção de estradas e a melhoria das condições de vida da comunidade, que há muito tempo estava negligenciada pelo poder público.

Os parceiros desse projeto incluem a Secretaria Municipal de Agricultura de Marabá e Jacundá, o Ministério Público Federal (MPF) e a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (FUNAI).

Texto e fotos: 12ª PJ Agrária de Marabá /com edição da Ascom MPPA.