MPPA promove evento para debater recursos hídricos

Na última quinta-feira (9), o Centro de Apoio Operacional (CAO) Ambiental, em parceria com o Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (CEAF), promoveu um evento on-line, para discutir “Recursos hídricos e apps: impactos e desafios”. O debate foi ministrado pelo pesquisador Sênior do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (IMAZON), Carlos Souza Júnior, que atua no desenvolvimento de plataformas web para monitoramento colaborativo de florestas e é coordenador técnico-científico do Projeto MapBiomas.
O objetivo foi apresentar o cenário da evolução desde 1985 a 2020 da superfície de água no Estado do Pará, as tendências de redução da água disponível e os principais fatores que geram essa seca. Além do diagnóstico do problema, a segunda parte do evento tratou sobre as alternativas de recuperação das Áreas de proteção Permanente, bem como casos práticos de sucesso.
O pesquisador Carlos Souza, falou sobre a “dinâmica de superfície de água com imagens de satélites na Amazônia: impactos de represas, desmatamento e das mudanças climáticas”. O evento também contou com apresentação da iniciativa inédita, de mapeamento territorial da dinâmica da água superficial e de corpos hídricos para todo o território nacional. Desde 1985, a série Água do MapBiomas Fogo, processou mais de 150 mil imagens geradas pelos satélites Landsat 5, 7 e 8 de 1985 a 2020.
Com a ajuda de inteligência artificial, foi analisada a área coberta por água em cada pixel de 30 m X 30 m dos mais de 8,5 milhões de quilômetros quadrados do território brasileiro ao longo dos 36 anos, distinguindo os corpos hídricos naturais e antrópicos. Ao todo, foram 108 terabytes de imagens processadas, revelando áreas, anos e meses de maior e menor cobertura de água. O método também permite identificar a área com água em cada mês em todo o período, bem como as transições e tendências.
Assessoria de Comunicação