MPPA promove diálogo com pesquisadores sobre mineração no Pará
Descrição da imagem: foto da mesa do evento. Os dois convidados e a PJ Albely Lobato estão sentados à uma mesa cinza de ferro. Começando pela esquerda, o primeiro é um homem branco, que veste uma camisa cinza escura e máscara preta; o segundo é um homem negro, veste uma camisa azul clara e máscara azul; e por último a PJ Albely, que é uma mulher branca, está usando um vestido preto de bolinhas brancas, máscara preta e óculos de grau. Atrás dele há um painel do MPPA e, atrás disso, uma cortina vermelha.
Na última quinta-feira, 2 de dezembro, o Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (CEAF) e o Centro de Apoio Operacional Ambiental (CAO Ambiental) promoveram o evento “Diálogos CAO Ambiental - Padrão espacial da exploração mineral no estado”. A atividade teve como objetivo apresentar o cenário da mineração no estado do Pará, avaliando o impacto e diferenças entre o garimpo e a mineração industrial e sua evolução nos últimos 35 anos.
Para isso, o Ministério Público do Pará recebeu a visita dos pesquisadores Pedro Walfir, doutor em Geologia e Geoquímica, professor titular do Instituto de Geociências da UFPA e Membro Titular da Academia Paraense de Ciências desde 2009, e Cesar Guerreiro Diniz, doutor em Geologia e Geoquímica.
A abertura e a moderação do evento foram feitas pela promotora de justiça Albely Miranda Lobato, coordenadora do CAO Ambiental. A primeira parte do Diálogo trouxe os dados da plataforma MapBiomas, desenvolvida pelos pesquisadores em parceria com diversas instituições e corporações que incentivam o desenvolvimento científico-tecnológico. Em sua fala, César Guerreiro explicou o atual sistema de coleta de dados, a diferença entre o garimpo e a mineração industrial e os impactos trazidos pelos dois processos.
Descrição da imagem: Na foto o Dr. Cesar Guerreiro Diniz está em pé, falando ao microfone na frente da mesa de convidados, onde está o outro convidado e a PJ Albely Lobato. Ele está de lado olhando para a apresentação em slide, exibida no quadro no canto esquerdo da foto, próximo a uma mulher que está sentada em uma mesa com um notebook. Mais próximo da câmera, há duas pessoas sentadas em cadeiras de escritório assistindo à apresentação.
Pedro Walfir, na segunda parte do Diálogo, apresentou dados alarmantes sobre a exploração de minérios no Pará, que hoje é o estado mais minerado do país, tanto para a mineração industrial, quanto para a garimpagem. No caso do garimpo, o Pará concentra mais áreas mineradas do que todos os outros estados somados, que se realizada inclusive em Terras Indígenas e Unidades de Conservação de Proteção Integral.

“A nossa ideia é apresentar os dados científicos de forma clara, para que os promotores possam utilizar essas informações visando um bom controle relacionado ao meio ambiente”, explicou Pedro. O seu colega de pesquisa, César, comentou que os pesquisadores podem encontrar os problemas, apresentar soluções e ferramentas, mas não tem o poder de, sozinhos, colocar as ações em prática, por isso essa aproximação com o Ministério Público é fundamental.
Descrição da imagem: na foto o professor Pedro Walfir está em pé falando ao microfone, olhando para a frente, de frente para a câmera. Ele veste camisa azul clara, calça jeans e máscara azul. Atrás dele está o outro convidao, do lado esquerdo, e a PJ Albely, do lado direito, sentados. Atrás deles há um painel do MPPA e uma cortina vermelha.
A Promotora de Justiça Albely Lobato falou sobre os benefícios desse diálogo e da ferramenta apresentada para o MPPA. “Essa é uma ferramenta que vai ser disponibilizada aos promotores e técnicos do GATI de forma on-line, permitindo o mapeamento das regiões do estado e ajudando na atividade do Ministério Público de preservar o meio ambiente para presentes e futuras gerações. Os dados apresentados hoje, com o recorte para o estado do Pará, são essenciais para o direcionamento de ações, e tanto a gravação do evento quanto um resumo desses dados serão disponibilizados aos membros e aos nossos técnicos”, afirmou a promotora.
Para mais informações acesse:
MapBiomas – Uso e Cobertura para acessar os dados informativos
Alerta MapBiomas para emissão de laudos e relatórios
Texto: CAO Ambiental e Thiago Vasconcellos