O promotor de Justiça de Barcarena, titular do 2º cargo, Laércio Guilhermino de Abreu, participou de audiência pública da comissão externa da Câmara dos Deputados que analisa as denúncias de vazamento de rejeitos de bauxita em Barcarena, no nordeste do Pará.

"O Ministério Público entende que há indícios, sim, de ilícito civil ambiental, que demandaria, em tese, reparação; e há indício, sim, de ilícito criminal", apontou Abreu.

Durante a audiência pesquisadores confirmaram a contaminação de igarapés. A comissão reuniu nesta terça-feira (13), na Câmara, com representantes da empresa Hydro Alunorte e dos órgãos públicos que investigam o caso.

O episódio ocorreu em 17 de fevereiro, quando surgiram denúncias de vazamento de rejeitos de bauxita da empresa, após fortes chuvas na região. O Ibama e a Secretaria Estadual de Meio Ambiente não detectaram transbordamento dos depósitos de rejeito, mas moradores denunciaram a existência de dutos clandestinos.

Em abril, o Instituto Evandro Chagas vai divulgar o resultado de pesquisa mais ampla, com 14 metais tóxicos.

A pedido do Ministério Público, a Justiça do Pará determinou a suspenção parcial das atividades da Hydro Alunorte.

Texto: Ascom MPPA, com informações de José Carlos Oliveira da Agência Câmara de Notícias