ATENDIMENTO AO CIDADÃO

MPPA instaura inquérito para retirada de para raios radioativos dos prédios

Já foram detectados pela Promotoria de Justiça 15 prédios de Belém que usam equipamentos com Amerício 241
Belém 31/01/19 15:47
 

 

 

Todos os prédios de Belém que possuem para raios que utilizam a substância Amerício 241 terão de providenciar a retirada desses equipamentos, que estão em desuso. A Lei Municipal 8.572/2007 já proíbe a continuidade de uso desses para raios, em atendimento ao estabelecido pelo Conselho Nacional de Energia Nuclear (CNEN). Para averiguar essa situação e garantir o cumprimento da lei, o Ministério Público do Estado instaurou inquérito civil e já notificou todos os prédios da capital.

O procedimento teve início após o pedido de providências de um morador de Belém. A substância faz parte da estrutura dos para raios e fica dentro de uma cápsula. Já foram identificados 15 prédios da capital que ainda possuem esses equipamentos, que desde 2007 são considerados inapropriados, pois a substância Amerício 241 é radioativa e pode causar danos à saúde, caso as pessoas fiquem expostas à sua radiação.

“Utilizada da forma como é destinada não há riscos, o perigo ocorre se for feito o descarte sem observar as recomendações técnicas do CNEN para sua retirada”, informou o 2º promotor de Justiça de Meio Ambiente, Patrimônio Cultural e Urbanismo de Belém, Nilton Gurjão das Chagas, responsável pelo inquérito civil.

A Companhia das Docas do Pará (CDP) e a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) já informaram ao Ministério Público do Estado que retiraram os para raios seguindo as normas do CNEN.

A Comissão Nacional de Energia Nuclear editou um manual com as instruções passo a passo para remoção, acondicionamento e transporte de para raios radioativos. Entre os cuidados previstos estão: utilização de luvas, cápsula metálica resistente, saco plástico, material de enchimento da cápsula. Por último, o material deve ser rotulado e enviado a um dos três institutos brasileiros habilitados a receber os para raios radioativos.

 

Texto: Edyr Falcão
Foto: Agência Pará

 

 

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