Descrição da imagem: na foto, que é um print da tela do computador aparecem os rostos de vários participantes da reunião com o Imazon

O Ministério Público do Pará, por meio do CAO Ambiental e integrantes dos Grupos de Trabalho Xingu, Tapajós e Desmatamento, participou de uma reunião virtual, na última segunda-feira (16), com pesquisadores do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), no âmbito de Termo de Cooperação Técnica nº 007/2021, assinado em junho deste ano. A intenção foi discutir o avanço do desmatamento e queimadas nas regiões do Xingu e Tapajós, buscando medidas de atuação na prevenção destes ilícitos ambientais.

 

Descrição da imagem: à direita estão alguns dos participantes da reunião no espaço retangular destinado a mostrar imagem das câmeras, à esquerda há um dos slides de apresentação da plataforma PrevisIA.

  
No início da reunião, o pesquisador Carlos Souza apresentou as pesquisas que sustentaram os principais fatores determinantes para o avanço do desmatamento, obtidos pelo Imazon e o lançamento da plataforma PrevisIA a partir desses dados. Segundo ele, as pesquisas indicaram que as estradas não oficiais são um dos principais vetores do desmatamento e, portanto, uma das principais variáveis preditoras de desmatamento e queimadas, uma vez que 85% das queimadas se concentram em até 5 km das estradas e 95% do desmatamento acumulado em até 5 km de todas as estradas.

 

 

Descrição da imagem: Captura de tela durante a apresentação onde é possível observar um mapa focando na região norte do Brasil e a mensagem principal "estradas não oficiais são um dos principais vetores de desmatamento".

Atualmente, relatou o pesquisador, a análise da plataforma abrange toda a Amazônia brasileira e, em breve, será expandida para a Pan-Amazônia, e que as estradas mapeadas presentes na plataforma foram atualizadas em 2020, podendo ter vários usos além da previsão de risco.a prevenção, visto

De acordo com os pesquisadores, o Imazon contribuirão com mais detalhes e informações, para além da Plataforma PrevisIA, de modo a auxiliar o Ministério Público na prevenção e  combate aos desmatamentos. Os participantesdestacaram que para uma atuação efetiva seria necessária a elaboração de um fluxo das necessidades de informação técnicas, mapa institucional dos atores que atuam em cada município, em diagnóstico breve, e plano de ação considerando as categorias de intervenções que podem ser feitas.

Ao final da reunião o CAO Ambiental garantiu o envio de uma lista dos municípios de cada GT ao IMAZON para que o Instituto possa elaborar uma proposta de fluxo de atuação viável ao Ministério Público. A proposta será futuramente discutida pelo CAO com os GTs e consolidade em nova oficina com o Imazon..

Participaram da reunião os Promotores de Justiça membros GT Xingu, GT Tapajós, GT Desmatamento e do CAO Ambiental, representado por sua coordenadora, a PJ Albely Miranda Lobato, e coordenadoras auxiliares, as PJ Maria José Vieira de Carvalho Cunha e Alessandra Rebelo Clos, além dos pesquisadores do Imazon Carlos Souza, Andrea Pinto e Paulo Amaral.

Sobre a Plataforma PrevisIA

O Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), a Microsoft e o Fundo Vale lançaram a PrevisIA, uma plataforma que utiliza Inteligência Artificial (IA) para prever as áreas sob maior risco de desmatamento na Amazônia.

Aberta ao público e com fácil visualização de dados, a PrevisIA analisa diversas variáveis para indicar as áreas sob maior risco de desmatamento, entre elas estradas legais e ilegais, topografia, cobertura do solo, infraestrutura urbana e dados socioeconômicos. Para realizar essa análise, a ferramenta conta um algoritmo de IA e com um modelo de risco desenvolvidos pelo Imazon e com recursos avançados de nuvem de computadores do Microsoft Azure.

 https://previsia.org/
 

Texto: Thiago Vasconcellos e CAO Ambiental
Edição: Edyr Falcão