ATENDIMENTO AO CIDADÃO

MPPA cria força-tarefa para apurar responsabilidade por poluição de igarapé

Um produto químico foi despejado num igarapé de Capitão Poço e moradores relataram a mortandade de peixes
Capitão Poço 08/03/19 12:42

A Promotoria de Justiça de Capitão Poço, por meio do promotor Nadilson Portilho, criou uma força-tarefa para apurar responsabilidades e tomar providências preventivas sobre poluição do igarapé que corta o município. Fazem parte da força-tarefa Ministério Público do Estado do Pará, Polícia Civil, Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA). 

Na quinta (7) o igarapé que corta a cidade de Capitão Poço foi tomado por uma substância despejada no mesmo causando comoção entre os moradores que fizeram imagens e relataram a mortandade de peixes.


Atendendo a requerimento do promotor de Justiça, Nadilson Portilho, o delegado de polícia civil, Heitor Soares Gonçalves, instaurou inquérito policial para apurar os fatos. O MPPA acompanha a investigação que já identificou um dos poluidores.

O depoimento foi coletado na manhã desta sexta (8). Foi ouvido Natanael dos Santos que declarou que guardava em sua propriedade 4 barris desde 2001 e que eles foram deixados lá por um conhecido que não retornou para apanhá-los. Segundo o depoimento, o conteúdo dos barris é calda sulfocálcica, um fungicida usado na agricultura.  Natanael dos Santos disse que um dos barris começou a vazar ainda dentro de sua propriedade e que os funcionários lavaram o local com água. Em seguida, eles transportaram os demais barris para outro local, não conhecido por Natanael, e que podem ter vazado para o igarapé, segundo ele.

 

Um dos barris vazou dentro de uma propriedade rural
Um dos barris vazou dentro de uma propriedade rural
Foto: Cedida pela Promotoria

A Adepará também instaurou procedimento para investigar o caso. Ufra, Ibama e IML farão análise da água do igarapé para avaliar os danos ambientais.

Já faz parte do plano de atuação da promotoria de Justiça de Capitão Poço a tomada de providências sobre poluição nos igarapés da cidade e também o represamento desses igarapés. A promotoria conta com o apoio do Centro de Apoio Operacional Constitucional do MPPA (CAO Constitucional), cujo coordenador é o promotor de Justiça Marco Aurélio Nascimento.

Texto: Ascom MPPA, com informações da PJ de Capitão Poço.

   

 

 

 

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