ATENDIMENTO AO CIDADÃO

MP participa de debate sobre projeto de assistência à mulheres vítimas de violência

Reunião entre representantes do MPPA, Alepa, UFPA e outras instituições debateu estratégias de assistência habitacional para mulheres de baixa renda vítimas de violência
Belém 12/02/21 09:01

Reunião semipresencial debate ações de assistência habitacional para mulheres que sofreram violência.
Reunião semipresencial debate ações de assistência habitacional para mulheres que sofreram violência.
Foto: Baltazar Costa (AID/Alepa)

Ocorreu nesta quinta (11) uma reunião de trabalho entre integrantes do Núcleo de Proteção às Mulheres Vítimas de Violência Doméstica e Familiar (Núcleo Mulher) do Ministério Público do Estado, Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa), Universidade Federal do Pará (UFPA) e instituições parceiras, para debater diversas ações de assistência habitacional às mulheres vítimas de violência doméstica, entre elas o Projeto Athis Mulheres e a adesão à Central de Atendimento Multiprofissional de Regularização Fundiária e Prevenção de Conflitos Socioambientais, Habitacionais e Sanitários.

Participaram da reunião o coordenador do Núcleo Mulher e promotor de Justiça Franklin Prado, a deputada e procuradora especial da Mulher Nilse Pinheiro, a professora universitária e a integrante da Comissão de Regularização Fundiária (CRF/UFPA) Myrian Cardoso, entre outros. O evento foi realizado de forma semipresencial, no prédio da Alepa.

Durante o encontro, foram debatidas uma série de ações e políticas públicas para dar suporte às mulheres de baixa renda vítimas de violência doméstica. Entre as principais iniciativas discutidas está a execução do Projeto Athis Mulheres, que apoiará as mulheres que sofreram agressão oferecendo assistência técnica gratuita para o projeto e a construção de moradias. 

O Projeto Athis baseia-se em estudos realizados pelo CRF/UFPA, que verificou quase 2 mil lotes nos bairros do Guamá e Terra Firme. Segundo a professora e integrante da Comissão, Myrian Cardoso, os dados apontam que “90% dos casos da violência nascem na ausência de um ordenamento histórico urbano, gerando conflitos que envolvem mulheres negras e chefes de família, em decorrência de ameaça ao direito à moradia, seja pelo vizinho ou pelo ex-marido/companheiro ou por herança”, conta. 

Participantes assinaram Carta de Intenção em prol da criação de políticas públicas para regularização fundiária de mulheres vítimas de violência.
Participantes assinaram Carta de Intenção em prol da criação de políticas públicas para regularização fundiária de mulheres vítimas de violência.
Foto: Baltazar Costa (AID/Alepa)

No evento, também foi efetivada a assinatura de uma Carta de Intenção em prol de ações para regularização fundiária, defesa dos direitos das mulheres e à moradia no Estado do Pará. O coordenador do Núcleo Mulher explica que esse documento deve auxiliar a criação de políticas públicas para dar assistência às mulheres que não possuem imóveis regularizados, que precisam de reformas em suas moradias e também para dar financiamento às mulheres que queiram iniciar uma atividade produtiva. “Queremos o apoio do governo do estado, da prefeitura municipal, de todas as instituições que direta ou indiretamente trabalhem com a regularização fundiária. Precisamos que haja compromisso sério com todos os envolvidos”, afirmou o promotor Franklin Prado.

Participaram virtualmente da reunião representantes da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica (Sectet), Companhia de Habitação do Estado do Pará (COHAB-PA), Defensoria Pública do Estado do Pará (DPE), Bancada das Mulheres da Câmara dos Vereadores de Belém e Companhia de Desenvolvimento Metropolitano de Belém (Codem).

 

Texto: Sarah Barbosa
Edição: Edyr Falcão

 

Fotos: Baltazar Costa (AID/Alepa)

 

 

 

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