ATENDIMENTO AO CIDADÃO

Ex-secretária de Saúde é presa por pagamento irregular de diárias

Marecleia da Rocha se autoconferia diárias para aumentar os próprios vencimentos. Ela ficará em prisão temporária para evitar riscos às investigações.
Cachoeira do Arari 30/01/19 16:36

A Polícia Civil de Cachoeira do Arari prendeu, nesta terça-feira (29), a ex-secretária de Saúde do município, Marecleia Freitas da Rocha, por participação em um esquema de pagamento irregular de diárias investigado pela operação Odisséia, que conta com a participação do Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) e apura condutas criminosas em setores da administração pública municipal, em especial na secretaria de Saúde, ligadas à malversação de dinheiro público.

Marecleia Freitas ocupou a cargo de secretária de Saúde entre abril e maio de 2018, sucedendo Socorro Figueiredo Athar de Oliveira, também acusada de participação no esquema, juntamente com Alfranjo Carlos Campos Avelar e Francinete Pinheiro dos Santos, que trabalham na pasta de Saúde.

Segundo apurações do MPPA e da Polícia Civil, Marecleia se autoconferia diárias para aumentar os próprios vencimentos. Estima-se que ela recebeu irregularmente pouco mais de R$ 10 mil. A ex-secretária também pagava diárias a outros servidores públicos a título de gratificação, como compensação pelo pagamento de eventuais despesas de rotina da própria Secretaria de Saúde. O prejuízo aos cofres públicos são de aproximadamente R$ 80 mil.

O mandado de prisão foi cumprido nesta semana pelo delegado David Bahury, após decisão proferida pelo juiz Leonel Figueiredo Cavalcanti, que determinou a prisão temporária por cinco dias, como forma de evitar riscos à instrução processual.

Além de decretar a prisão temporária de Marecleia, a Justiça determinou a indisponibilidade de bens de todos os acusados para garantir o ressarcimento dos prejuízos causados aos cofres públicos. Socorro Figueiredo Athar de Oliveira, Alfranjo Carlos Campos Avelar e Francinete Pinheiro dos Santos também deverão cumprir medidas cautelares, como a proibição de acesso ou frequência à Secretaria de Saúde.

Segundo o promotor de justiça André Cavalcanti, titular da Promotoria de Justiça de Cachoeira do Arari, a prisão de Marecleia e as demais medidas aplicadas aos acusados de participação no esquema demonstram a atenção que o MPPA e demais instituições dão à gestão dos recursos públicos no município.

  

Texto: Assessoria de Comunicação Social

 

 

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