ATENDIMENTO AO CIDADÃO

Curso aborda a importância das plantas medicinais para a preservação ambiental e proteção territorial na Amazônia

Santarém 24/04/25 14:02

 

Foi realizado nos dias 23 e 24 de abril, na Promotoria de Justiça de Santarém, curso que teve como tema “A importância das plantas medicinais para a preservação ambiental e proteção territorial: incentivo à formalização de projetos rumo à COP-30”, promovido pelo Núcleo de Promoção da Igualdade Étnico-Racial (Nierac), em parceria com o Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (CEAF), Cáritas Arquidiocesana de Santarém, Universidade Federal do Oeste do Pará e outros. O objetivo foi incentivar o debate sobre a importância e preservação das plantas medicinais e fitoterápicos, e promover conhecimento sobre formalização de projetos e captação de recursos.

O curso é parte das ações relacionadas ao projeto Raízes Fortalecidas: programa de Saúde Mental para Quilombolas e Indígenas, desenvolvido pelo Nierac em parceria com o Grupo de Extensão FarmaFittos, do Instituto de Saúde Coletiva da Ufopa, que promove a produção e distribuição de medicamentos fitoterápicos. Os participantes, incluindo lideranças de povos tradicionais e organizações da sociedade civil, receberam formação prática para proposição de projetos que usam plantas medicinais e fitoterápicos. O evento também teve o apoio das Irmãs Franciscanas de Maristella e Custódia São Benedito da Amazônia.

A promotora de Justiça Lílian Braga, coordenadora do Nierac, enfatizou a conexão do tema com o debate para a COP-30, para que as reflexões sejam feitas a partir das mudanças e da justiça climática. “E a nossa população amazônica é guardiã de tantos saberes, que precisam ser compartilhados, ser reconhecidos e conhecidos”, disse, destacando que o MPPA tem como uma de suas tarefas constitucionais pensar a implementação de políticas públicas, junto com a comunidade e o poder público.

O professor Wilson Sabino, do Instituto de Saúde Coletiva da Ufopa e coordenador do projeto Farmafittos, citou a importância do projeto de lei em tramitação na Câmara de Vereadores de Santarém, que trata sobre a utilização de plantas medicinais e fitoterápicos. “Aqui na Amazônia isso é do nosso dia a dia. Então, o que falta? Falta nós, enquanto comunidade, sabermos disso”, pontuando a necessidade de promover a formação e debates, para que possam ser materializadas as ações junto ao Sistema Único de Saúde. Francely Brandão, coordenadora da Cáritas e do Setor de Projetos da Arquidiocese, destacou a parceria entre as instituições para que os projetos tenham resultado efetivo.

O primeiro painel tratou sobre a importância da proteção ao cultivo e uso de plantas medicinais/fitoterápicos para a preservação ambiental e proteção territorial: diálogos para a COP 30, ministrado pelo professor Wilson Sabino e Rosineide Fonseca de Oliveira. O segundo painel teve como tema a “Transformação de ideias e negócios em pessoas jurídicas do Terceiro Setor”, por Aguinaldo Luiz de Lima, economista que atua em gestão contábil e administrativa, entidades sociais e economia solidária. O último painel abordou a transformação de ideias em patentes e em propriedades intelectuais, ministrado por Ana Paula Silva dos Santos.

Na tarde do dia 23 e no dia 24, foi ministrada oficina sobre os temas "Passo a passo para a formalização de Organizações da Sociedade Civil" e "Passo a passo para formalização de Organizações da Sociedade Civil", por Aguinaldo Lima.

Assessoria de Comunicação 

 

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