ATENDIMENTO AO CIDADÃO

Quilombolas recebem palestra no Dia Nacional da Consciência Negra

No evento, a promotoria lançou o desafio de criar uma biblioteca nas diversas comunidades quilombolas do município.
Capitão Poço

 

O Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), por meio dos promotores de justiça Nadilson Portilho Gomes e Maria José de Vieira Carvalho Cunha, promoveu, ontem (20), ações na comunidade quilombola de Vila Narcisa, no município de Capitão Poço, em celebração ao “Dia Nacional da Consciência Negra”.

Na oportunidade, os promotores de justiça palestraram sobre o tema “Ministério Público e Racismo”, e ouviram a comunidade sobre suas demandas, como a falta de posto de saúde, ausência de escola adequada, falta de água potável e pouca frequência dos serviços de agentes comunitários na Vila Narciso.

Hoje (21), o MP requereu providências ao gestor municipal, para que as demandas sejam atendidas.

Segundo o promotor Nadilson Portilho, o evento contou também com doações de brinquedos, lanches e de livros, além de apresentação cultural da comunidade, com a “Dança da Farinhada”.

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Criar uma biblioteca em cada comunidade quilombola: desafio do MP no município

A Promotora de Justiça Maria José de Vieira Carvalho Cunha foi a idealizadora da ação, e lançou o desafio de doações de livros para a comunidade, com o intuito que sejam criadas bibliotecas em todas as localidades do município. Maria José Carvalho Cunha defendeu o fim da exclusão social por meio da educação, incentivando a força da união entre os quilombolas, para lutarem por seus direitos, sempre tão ameaçados numa sociedade discriminatória e com resquícios escravocratas. 
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Os dois promotores com integrantes da comunidade quilombola 

Para o promotor Nadilson Portilho, o Brasil só poderá avançar socialmente se garantir acessos a direitos a todos e oportunidades. “As implicações do racismo no Brasil, enquanto estrutura de dominação política, cultural e social, não alude somente a segregação socioeconômica dessa população. Elas implicam, de fato, em morte e exclusão. Daí a importância do Ministério Público como o maior advogado da sociedade, lutar para que todos possam exercer seus direitos fundamentais", assevera o promotor.

Além de lideranças da comunidade, participaram do evento o diretor da 17ª URE Juscelino Corrêa, professores da rede estadual e municipal de ensino, e Conselho Tutelar de Capitão Poço.
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Integrantes da comunidade apresentaram a "Dança da Farinhada"

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