ATENDIMENTO AO CIDADÃO

Acusado de homicídio é condenado a 30 anos de reclusão

Segundo apurado o mandante do assassinato é o ex-marido da vítima, que também está preso
Cametá 24/02/21 15:15

Nesta terça (23) foi realizada Sessão do Tribunal do Júri em Cametá referente ao assassinato da empresária Jaiane Nogueira Molinare. O réu, Josias Machado dos Santos, conhecido como pastor Josias, confessou o crime e fez um acordo de delação premiada com o Ministério Público do Estado, apontando como o mandante do crime o ex-marido da vítima, Rosivaldo Pinheiro da Cruz, que também está preso. A motivação de Rosivaldo seria a não aceitação com o fim do relacionamento.

O crime aconteceu no ano passado, no dia seis de março, enquanto a vítima trabalhava sozinha em sua loja, e foi asfixiada dentro do banheiro por Josias, que entrou no estabelecimento com a desculpa de que iria fazer uma oração no local, já que dizia ser pastor evangélico.

A tese do Ministério Público, representado pelo promotor de Justiça Márcio de Almeida Farias, foi de homicídio triplamente qualificado, tendo em vista a ocorrência de motivo torpe, ou seja o acusado confessou que o ex-marido prometeu pagar a quantia de 4 mil reais para cometer o crime; a prática da asfixia, conforme comprovado pelo laudo necroscópico; e por que no momento do crime foi utilizado recurso que dificultou a defesa da vítima. 

Promotor de Justiça Márcio Farias durante sessão do tribunal do júri
Promotor de Justiça Márcio Farias durante sessão do tribunal do júri
Foto: PJ de Cametá

Os jurados acataram integralmente a tese do Ministério Público e da assistência de acusação e condenaram o acusado por homicídio triplamente qualificado. O juiz presidente do Tribunal do Júri de Cametá, Márcio Campos Barroso Rebelo, aplicou a pena de 30 anos de reclusão em regime fechado. Como o réu já estava preso, seguiirá cumprindo o estabelecido na sentença.

“Foi feita justiça no caso e esse é o papel do Ministério Público, buscar a responsabilização criminal de quem infringe a lei. O acusado ceifou a vida de uma mulher trabalhadora, mãe de família. A sociedade não pode mais tolerar violência contra a mulher” afirmou o promotor.


Texto: Promotoria de Justiça de Cametá
Edição: Assessoria de Comunicação

 

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