O 3º promotor de Justiça de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, Franklin Lobato Prado, atuou no julgamento desta 2ª feira que condenou Alexandre Rodrigo Trindade Ferreira à pena de 25 anos de reclusão pelo assassinato da jovem Camila Sarmento Pereira. O crime ocorreu em abril de 2016.O Ministério Público defendeu a tese de homicídio qualificado. O júri reconheceu, por maioria de votos, que Alexandre utilizou recurso que dificultou a defesa da vítima, ou seja a dissimulação, e em razão da condição de gênero feminino da vítima. a morte aconteceu num quarto de motel, no conjunto Sideral em Belém.

Na época da prisão, o réu Alexandre Ferreira confessou o crime. Ele estava em liberdade condicional, acusado de tentativa de roubo e estupro.Na sentença a juíza Ângela Tuma manteve a prisão do condenado, que não poderá recorrer em liberdade."O feminicídio representa a última etapa de uma continuidade de violência contra a mulher, que leva à morte. O caráter violento do crime evidencia a predominância de relações de gênero (homem e mulher) hierárquicas e desiguais", enfatizou Franklin Prado.

Geralmente outros crimes precedem o feminicídio, tais como abusos físicos, morais e psicológicos, que tentam submeter as mulheres à uma lógica de dominação masculina, e a um padrão cultural de subordinação que foi aprendido ao longo de gerações.

Texto: Assessoria de Comunicação
Foto: 3ª PJ de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher