Promotoria da Infância leva debate sobre violência sexual às escolas

O Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) por meio das promotoras de Justiça, Sílvia Branches Simões e Mônica Rei Moreira Freire, da 9ª e 10ª Promotorias de Justiça da Infância e Juventude, respectivamente, realizaram na manhã desta quarta-feira (30), na Escola Municipal Padre Leandro Pinheiro, localizada no bairro do Guamá, uma atividade voltada ao enfrentamento à violência sexual infantojuvenil em Belém. O evento teve o objetivo de dar continuidade à execução do Plano de Atuação das Promotorias.
O plano de autuação terá vigência de dois anos, no qual será trabalhado a prevenção relacionada a crimes contra criança e adolescente. Em parceria com o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (Comdac) foram escolhidas várias escolas que são apontadas com maior índice de violação de direitos.
A Escola Padre Leandro foi a primeira instituição a receber a equipe do Ministério Público, o evento teve o objetivo de atingir todos os envolvidos no convívio familiar e escolar. Para os pais e professores foi trabalhada uma cartilha que explicou a importância da família nesses casos, quias são os crimes de natureza sexual e o papel do professor quando esses fatos são revelados no âmbito da escola.
Uma das atividades foi realizada com os alunos na faixa etária de 6 a 11 anos, que receberam informação sobre violência sexual através de um teatro elaborado por estudantes de pedagogia da Faculdade Faci Wyden, no qual foi encenado com muita didática sobre como são os crimes e como se defender. Outra atividade do dia teve o foco nos adolescentes com a divulgação da cartilha " Navegue Não Naufrague nos Crimes de Natureza Sexual", explicando a necessidade da atenção com o uso da internet para que não venham a ser vitimas do crime sexual praticado de forma virtual.
A promotora Mônica Freire explicou a importância da ação nas escolas " A maior importância do evento é o professor se enxergar nesse contexto como alguém que deve ouvir as vitimas e tomar as medidas necessárias, pois estamos em uma sociedade cada vez mais individualista. E a importância também para os pais, crianças e adolescentes, trazendo a informação, ou seja, para que eles entendam que para determinadas situações eles não devem se vitimizar", enfatizou.
O evento contou com uma grande equipe do Ministério Público, incluindo pedagogas, psicologo e assistente social, além da equipe operacional. A pedagoga, Bethania Vinagre, explicou sobre a valorização das atividades realizadas na escola: "mediante o cenário devastador e o alto índice de violação encontrado na sociedade o MP desenvolve esse plano de atuação com a tentativa de proteger as crianças, para que elas não sofram e cresçam sabendo que não podem ser violentados, abusados ou explorados", frisou.
Texto: Isabele Moreira
Revisão: Edyr Falcão
Fotos: Alexandre Pacheco