ATENDIMENTO AO CIDADÃO

Prefeito é investigado por suposto dano ao erário e improbidade administrativa

Oriximiná 01/12/22 11:15

A Justiça Estadual acatou pedido da Promotoria de Justiça de Oriximiná e determinou a retirada do sigilo do Inquérito Civil que apura conduta do prefeito Willian Fonseca, e que motivou operação de busca e apreensão cumprida na terça-feira (29/11) pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), com apoio do Grupo de Atuação Especial de Inteligência e Segurança Institucional (GSI).

O inquérito instaurado pelo promotor de Justiça Bruno Fernandes apura "ocorrência de improbidade administrativa de dano ao erário, e suposto risco de enriquecimento ilícito pelo desvio de finalidade pública do uso da Guarda Municipal como segurança particular do prefeito”. Além do prefeito, são alvos do inquérito Antônio Malcher Seixas, comandante da Guarda Municipal; Raimundo Conceição da Silva, secretário municipal de Segurança Pública; e Fábio Anderson da Cruz Fernandes, assessor especial.

A operação executada pelo Gaeco e GSI cumpriu mandados expedidos pela Justiça a pedido do MPPA, para busca e apreensão de aparelhos telefônicos celulares, documentos e HDs. No cumprimento na residência do prefeito, ele acabou sendo preso, pois houve resistência por parte deste, que deu três tiros em um aparelho de celular de sua propriedade, destruindo o equipamento que era alvo da busca e apreensão, além de proferir ameaças de morte contra integrantes da equipe que cumpria o mandado judicial.

Foram encontradas na residência do prefeito cinco armas, sendo que duas eram de uso da polícia civil, duas outras regulares de sua propriedade e uma carabina ilegal. Ele foi ouvido na delegacia pelos crimes de posse ilegal de arma de fogo, disparo ilegal de arma de fogo, ameaça de morte, desobediência e resistência, além de destruição de provas.

A promotoria iniciou as apurações após o conhecimento de uma medida cautelar de busca e apreensão, referente a uso de veículo contratado pela prefeitura, que teria se envolvido em dano, provocado em uma caminhonete que estava com o assessor de gabinete, Fábio Anderson. Por meio de vídeos recebidos de redes sociais, foi identificado que o veículo era o mesmo que estava em comboio com os outros, incluindo uma viatura da Guarda Municipal.

As investigações confirmaram ainda o registro da participação da Guarda Municipal em incidente ocorrido em junho deste ano, de discussão política envolvendo o prefeito William Fonseca e seus opositores, com a guarda executando segurança privada do prefeito e apoiadores.

De acordo com o promotor de Justiça Bruno Fernandes "a apuração preliminar já denota o uso da máquina pública para objetivos ilegais, mediante uso de bem público, ensejando em dano ao erário, e ainda, o enriquecimento ilícito do uso da corporação da Guarda Municipal como atividade de proteção privada em favor do prefeito”.

Assessoria de Comunicação 

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