Núcleo de Pesquisa em Questões Étnico-Raciais nas Amazônias paraenses planeja estratégias de atuação
Os integrantes do Núcleo de Pesquisa em Questões Étnico-Raciais nas Amazônias paraenses (Nuper) do MPPA reuniram-se no último dia 10, de forma virtual, para planejar as estratégias de atuação do Núcleo, que foi lançado em agosto deste ano e tem como áreas de conhecimento as Ciências Humanas, Ciências Sociais Aplicadas e Ciências da Saúde, vinculado ao Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (CEAF) do MPPA.
O Nuper possui três linhas de pesquisa: Territorialidade e diálogos interculturais; Educação escolar de povos e comunidades tradicionais e Saberes de cura de povos e comunidades tradicionais, as quais reúnem pesquisadores do MPPA, Universidade Federal do Oeste do Pará, Universidade Federal do Pará, Universidade Estadual da Amazônia, Instituto Esperança de Ensino Superior e Universidade Estadual de Campinas.
A reunião foi a primeira após a instalação do Nuper, e todos os participantes tiveram a oportunidade de apresentar suas áreas de atuação e de pesquisa, e como poderão integrar esses conhecimentos com as atividades do Núcleo.
A promotora de Justiça Lilian Braga, coordenadora do Núcleo de Promoção da Igualdade Étnico-Racial (Nierac), destacou aos participantes a criação do Nuper a partir das atribuições do Nierac, instalado desde 2021, diante da necessidade de haver no MPPA, uma unidade interna para tratar especificamente das questões étnico-raciais relacionadas às populações tradicionais. O Nierac atua em políticas públicas, letramento e produção de conhecimento, sendo esta última associada ao Nuper. A produção de artigos, notas técnicas, realização de seminários, cursos, e outras ações, de acordo com linhas de pesquisa do Núcleo, estão entre as atividades a serem promovidas.
Foram expostas também as especificidades, no âmbito institucional, de um núcleo de pesquisa em funcionamento no Ministério Público, que possui atribuições em áreas diversas, como saúde, educação, infância, consumidor, meio ambiente, além da área criminal. “Temos dialogado muito com a universidade na perspectiva de dar as mãos a esses outros saberes que estão para além do Direito”, disse Lílian. A ideia é fomentar a atuação atrelada ao conhecimento científico, principalmente nos municípios que demandam o Promotor de Justiça em todas essas áreas.
Como encaminhamento, será criado um grupo para cada linha de pesquisa, para facilitar o desenvolvimento das ações e o encaminhamento das demandas. Foi informado também a necessidade de produção de artigos e eventos acadêmicos periódicos pelo Núcleo.
Participaram da reunião: Lilian Braga (MPPA), Dereck Vasconcelos (MPPA), Jairo Costa (MPPA), Karoline Maia (MPPA), Railana Neres (MPPA), Mayara Wagner (MPPA); Raiane Alves (MPPA); Jaqueline Freire (UFPA), Jackson Matos (Ufopa), Franciane Matos (Ufopa), Wilson Sabino (Ufopa), Abimael Munduruku (Ufopa); Luci Micaela (Universidade Estadual de Campinas).
Assessoria de Comunicação