A adoção de medidas para garantir a saúde dos idosos e funcionários do Abrigo Casa Cidadela João de Deus, diante da pandemia do novo coronavírus, é o que pretende o Ministério Público do Estado ao expedir Recomendação ao prefeito de Marituba, secretário Municipal de Saúde e coordenadora do abrigo. Desde o início do estado de emergência de saúde, três idosos abrigados no estabelecimento já faleceram com suspeita de terem contraído a covid-19.

A 2ª promotora de Justiça de Marituba, Maria Cláudia Vitorino Gadelha, que assina o documento, recomendou aos gestores municipais que procedam a realização de novos exames em massa em todos os idosos e funcionários do Abrigo Casa Cidadela João de Deus, de maior eficácia em resultado para coronavírus, a exemplo do PCR e Sorologia, dando ciência do resultado ao Ministério Público. “Os testes rápidos já realizados naquela entidade causaram incertezas quanto aos resultados”, destaca a promotora.

O Município deve também se abster de exigir acompanhante como condição para internação de pessoas idosas que estejam institucionalizadas, desde que a unidade de acolhimento tenha realizado esforços, sem sucesso, para sua disponibilização.

À coordenação do abrigo foi recomendado que proceda a internação imediata do idoso Célio Machado, bem como de qualquer outro abrigado que esteja apresentado sintomas da covid-19 com prescrição ou orientação médica para internação, devendo, para tanto, colaborar com a prestação do serviço de saúde esforçando-se para disponibilizar acompanhante ao idoso com urgência.

No caso de Célio, ele foi avaliado por uma médica que constatou a urgência da internação, devido risco de evolução à óbito, sendo que a equipe do abrigo informou que a família desejava que o idoso permanecesse no abrigo, motivo pelo qual a equipe também recusou-se a acompanhá-lo.

Outra medida recomendada aos responsáveis pelo abrigo é o isolamento imediato de todos os acolhidos que já testaram positivo para covid-19 ou que apresentaram qualquer sintoma semelhante, mantendo-os em ambientes separados, além de reforçar as medidas de prevenção na propagação do novo coronavírus. As autoridades competentes na área de saúde devem ser acionadas de imediato sempre que houver suspeita de acolhido com sintoma.

Segundo apurado pelo Ministério Público a coordenação do abrigo não vem acionando de imediato a autoridade de saúde competente no Município para prestar atendimento ao acolhido com sintomas da covid-19, assim como também não vem atendendo as orientações da Secretaria de Saúde de Marituba, posto que já faleceram três idosos com suspeita do novo coronavírus, sendo que o último idoso falecido veio a óbito na unidade de acolhimento em virtude desta não tê-lo conduzido para internação.

Assessoria de Comunicação