MPPA promove reunião para fortalecimento da agricultura familiar e apoio aos ribeirinhos

Na manhã da quarta-feira, 29, o Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) por meio da 12ª promotora de Justiça Agrária de Marabá, Alexssandra Muniz Mardegan, realizou uma reunião no auditório do Parque Tecnológico do Lago de Tucuruí (TECNOLAGO), no município de Tucuruí. O encontro contou com a participação do coordenador da Tecnolago, Rafael Bayma, dos professores da UFPA Davi Edson, Tiago Machado, Danilo Silva Santos, além da promotora de Justiça Ronielen Amâncio Rodrigues, do município de Breu Branco, e representantes do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (IDEFLOR-Bio) e Instituto Federal do Pará (IFPA), para discutir estratégias de fomento à agricultura familiar e apoio aos ribeirinhos.
A promotora de Justiça Alexssandra Muniz Mardegan iniciou a reunião expondo os objetivos do encontro, que incluem o fortalecimento da produção de cacau e a implementação do Turismo de Base Comunitária (TBC). Durante sua explanação, enfatizou a relevância do programa "Raízes Sustentáveis", que já beneficiou diversos agricultores familiares nos 23 municípios de atuação da PJ Agrária de Marabá, cujos projetos em alguns casos podem contribuir para garantir a sustentabilidade de muitas famílias durante o período de defeso, beneficiando as comunidades ribeirinhas.
Outro ponto destacado foi a urgência da criação de um laboratório no IFPA para monitoramento ambiental da região do Lago de Tucuruí, bem como a divisão dos projetos em fases para otimizar sua execução. O professor Davi ressaltou que a Universidade Federal do Pará (UFPA-Tecnolago) possui experiência no gerenciamento de projetos dessa natureza e destacou a necessidade de incluir os povos indígenas nas ações.
Durante a reunião, também foi salientada a situação dos impactos causados pela dragagem a jusante do Lago de Tucuruí e a necessidade de destinar iniciativas para as populações mais afetadas, incluindo um programa de repovoamento de peixes. Nesse sentido, foi discutida a possibilidade de captação de recursos para viabilização dessas medidas.
Outras propostas discutidas na reunião incluíram a implantação de projetos de piscicultura e irrigação, com utilização de energia solar, bem como a utilização de tanques escavados e de geomembrana para associação à produção agrícola. Também foi sugerida a criação de uma agroindústria para processamento do pescado em filés, além do levantamento de custos para a criação de peixes ornamentais e incentivo ao turismo regional.
Mardegan reforçou que os projetos devem ser direcionados às comunidades ribeirinhas, respeitando suas vocações individuais, incluindo cursos de gestão para unidades produtivas. Por fim, foi levantada a questão do acesso à internet para as comunidades beneficiadas, visando ampliar a inclusão digital e fortalecer o suporte técnico dos projetos.
Texto e fotos: PJ Agrária de Marabá