ATENDIMENTO AO CIDADÃO

MPPA prestigia lançamento do Projeto Resistência do Rio Flexeira

Bom Jesus do Tocantins 03/04/23 14:05

Descrição da imagem: trinta e cinco pessoas, de diversas idades, posam para foto.

Representado pelas Promotoras de Justiça da Infância e da Juventude de Marabá, Alexssandra Mardegan e Josélia Leontina de Barros Lopes, o Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) participou, em parceria com a Fundação Casa da Cultura de Marabá (FCCM), do lançamento do “Projeto Resistência do Rio Flexeira” no dia 31 de março.

O evento ocorreu na Aldeia Akrãtikatêjê, localizada na Terra Indígena Mãe Maria, no município de Bom Jesus do Tocantins, com a primeira coleta de amostras do rio, no intuito de acompanhar o processo de degradação que vem ocorrendo e será feito também em vários pontos ao longo de seu curso. O projeto tem como objetivo preservar o ecossistema do Rio Flexeira, utilizado por várias comunidades e aldeias indígenas.

Vanda Américo, presidente da FCCM, pontuou que  “esse projeto não vai beneficiar somente essa aldeia [Akrãtikatêjê], mas toda a sociedade que utiliza o Rio Flexeira, que vem passando por um processo de degradação muito sério. Não sabemos se é mineração, se é o agronegócio, esgoto sanitário de alguma cidade ou outra coisa. Mas, o pescado vem minguando e a água está mais caudalosa, e isso está causando problemas”.

A cacique Kátia Silene se mostrou confiante com o projeto: "Queremos saber o que está acontecendo com o rio. Lembro de quando queriam colocar o esgoto de Morada Nova no Rio Flexeira. Fomos nós que nos manifestamos, fizemos o documento e não aceitamos. A gente cuida desse rio e reabastece ele com o açude que nós criamos aqui. Os filhotes descem para o Rio Flexeiras no período da piracema. Então, não temos dúvida de que algo está prejudicando o Rio Flexeira. Temos que proteger os rios, e a nossa preocupação é com a nascente mesmo”.

Por sua vez, a promotora Alexssandra Mardegan disse que é de “ fundamental importância essa união de esforços. E esse despertar tem tudo a ver com esse novo momento que estamos vivendo de resgate de essência, principalmente para os povos indígenas”, disse.

 

Descrição da imagem: há duas mulheres que estão em pé. À esquerda está a presidente da FCCM Vanda Américo e, à direita, a Promotora de Justiça Alexssandra Mardegan.

Já a promotora de Justiça Josélia Leontina disse que a poluição da água na região deve ser analisada e sanada. “Estou muito feliz com mais esse projeto da Fundação. A Kátia já vinha falando com a gente sobre isso e vamos nos empenhar para fazer esse diagnóstico. Contem conosco”, afirmou a promotora.

Também fazem parte do Projeto Resistência do Rio Flexeira os biólogos da FCCM, Maricélio Guimarães, Caroline Anjos e Manoel Ananis; o professor doutor em Entomologia Aquática, José Moacir Ferreira Ribeiro e a etnóloga Mirtes Emília.

Fotos: Duo Produtora

 

Texto: Assessoria de comunicação

 

 

Fale Conosco