MPPA faz vistoria na Casa Ronald MacDonald

Cumprindo um cronograma de visitas a fundações e associações presentes no Pará, na quinta-feira, 28, uma equipe do Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) fez uma vistoria na Casa Ronald MacDonald,gerida pela associação "Colorindo a Vida". A vista foi liderada pela 2° promotora de Justiça de Tutela das Fundações Privadas, Associações de Interesse Social, Falência, Recuperação Judicial e Extrajudicial, Helena Maria Oliveira Muniz Gomes. Participaram também a contadora Antônia Carleana Moura, assistente social Maria Lurdes de Carvalho e auxiliar de administração, Douglas José de Pinho.
‘’Toda semana visitamos uma instituição cumprindo um calendário que a Corregedoria estabeleceu, normalmente damos prioridade para as que recebem dinheiro público ou quando a atividade social é muito relevante, mesmo que não receba recursos público, como é o caso da associação 'Colorindo a Vida'’’, informa a Promotora Helena Maria.
Foto: Ascom MPPA
Com o lema de ser ‘’Uma casa longe de casa’’, a Casa Ronald em Belém é a única representante do Instituto Ronald Macdonald na região Norte e Nordeste, abrigando crianças e jovens de 0 a 18 anos oriundas do interior do Pará e de estados vizinhos que estão em tratamento de câncer no Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo. Além de hospedagem, é oferecido gratuitamente alimentação, atividade lúdica, transporte e assistência psicossocial, tanto para os pacientes quanto para os acompanhantes. Os pacientes podem ter acompanhamento do pai ou da mãe.
Na visita, em reunião com os representantes da associação "Colorindo a Vida", que dá apoio institucional a Casa, tomou-se conhecimento que a entidade conta atualmente com membros voluntários no Conselho e Diretoria e com um corpo técnico remunerado via regime celetista. Os pacientes acolhidos na casa permanecem até o final do tratamento, hoje há 35 apartamentos ocupados com boa refrigeração, amplos e acessíveis para recebê-los. A entidade tem buscado formas de encontrar parcerias, sendo mantida 50% pelo Instituto Ronald Macdonald e 50% através de captação própria. Durante os aproximados 12 anos de existência em Belém, mais de 300 crianças e jovens de 0 a 18 anos foram acolhidas, segundo informações de Natacha Costa, do departamento de Recursos Humanos da Associação. No final da visita foi solicitado pela equipe do MPPA o relatório anual das Atividades de 2018 e Planejamento das Ações de 2019 da entidade.
Foto: Ascom MPPA
A vice-presidente da associação "Colorindo a Vida", que mantém a casa Ronald Mcdonald Belém, Liane Almeida Gaby, considera como a grande responsabilidade do corpo de membros da associação, complementar de maneira digna o tratamento hospitalar das crianças acolhidas com seus acompanhantes. ‘’São crianças vindas do interior ou de outros estados que não tem onde ficar e que passam por tratamentos muito longos. Então buscamos dar maior conforto, segurança e alimentação para que essas famílias possam atravessar esse tratamento, que já é muito árduo, de maneira digna. A nossa maior responsabilidade dentro da Casa é buscar a cura com dignidade’’, afirma a vice-presidente.
Daiane da Silva Araújo, de Santarém, é uma das mães que acompanham seus filhos na Casa Ronald McDonald. Ela já está há cerca de um ano em Belém com sua filha de nove anos, Daiane diz que dentro da Casa há uma sensação muito grande de acolhimento e que houve melhora considerável no tratamento da criança: ‘’ela gosta mais de estar na associação do que em casa, quando retornamos, ela pede para voltarmos para a associação (...) isso é por causa do acolhimento, das atividades, brincadeiras e por ter outras crianças por perto. Minha filha já está finalizando o tratamento e terá alta em breve’’.
Texto: Renan Monteiro
Revisão: Edyr Falcão