MPPA cobra providências para garantir melhorias no fornecimento de energia elétrica em Aveiro

O Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), por meio da Promotoria de Justiça de Aveiro, reuniu-se no último dia 18 de junho, com representantes da Equatorial Pará Distribuidora de Energia S.A para tratar da urgente necessidade de melhorias na prestação do serviço de distribuição de energia elétrica no município. A reunião foi conduzida pelo promotor de Justiça Alisson Fidelis e contou com a presença do vice-prefeito, Antônio Elídio, além de representantes da prefeitura e da concessionária.
Durante o encontro, foram discutidas diversas situações críticas enfrentadas por moradores de diferentes regiões do município, como Fordlândia, Santa Cruz, a sede de Aveiro e localidades do interior, incluindo Brasília Legal e Daniel de Carvalho.
Em Fordlândia, os moradores relataram quedas constantes e prolongadas, com interrupções que chegam a durar de dois a cinco dias consecutivos. A situação tem causado prejuízos significativos ao comércio local, dificultando a conservação de produtos alimentícios, além de comprometer o funcionamento do posto de saúde, que já teve equipamentos danificados. A rede hoteleira também tem sido impactada negativamente.
Já em Santa Cruz, foi debatida a construção de um linhão que visa levar energia elétrica por meio de cabeamento até a sede do município. No entanto, moradores demonstraram preocupação com o trajeto da estrutura, alertando que alguns postes estão sendo instalados em áreas alagadiças, o que pode comprometer futuras manutenções e aumentar os riscos à segurança do fornecimento.
Na sede do município, o fornecimento ainda depende de geração a óleo diesel, o que contribui para a instabilidade e quedas frequentes. Moradores relataram prejuízos com a queima de eletrodomésticos e equipamentos públicos, como os utilizados em escolas e unidades de saúde. Em bairros mais afastados, a instalação de nova rede elétrica substituiu uma estrutura irregular, porém opera apenas em 110V, impossibilitando o uso de aparelhos como centrais de ar, que requerem voltagem de 220V.
Outras comunidades, como Brasília Legal e Daniel de Carvalho, também enfrentam situações críticas, com fornecimento instável ou até inexistente em determinados períodos. Foi reforçada a necessidade de regularização do serviço nessas áreas, que enfrentam as mesmas dificuldades relatadas em outras regiões de Aveiro.
O que diz a Equatorial
A Equatorial Pará informou estar ciente dos problemas enfrentados no município e que vem implementando medidas para melhoria do serviço, como a instalação de equipamentos GS270, que permitem o monitoramento em tempo real da falta de energia.
A empresa também informou que já investiu mais de R$ 300 mil em ações como poda de árvores e limpeza para viabilizar a construção do linhão.
MPPA concede prazo para manifestação formal
O Ministério Público concedeu à Equatorial um prazo de 20 dias para apresentar resposta formal ao Procedimento Administrativo nº 09.2025.00002762-8. Após a manifestação da concessionária, será oportunizado prazo para que a Prefeitura Municipal de Aveiro e a Câmara Municipal se manifestem sobre os apontamentos realizados. Uma nova reunião foi agendada para o mês de agosto de 2025.
Além do promotor Alisson Fidelis e do vice-prefeito Antônio Elídio, participaram da reunião os representantes da Equatorial Pará: Leydiane Fernandes (consultora comercial), Nayara Freitas (relacionamento com o cliente) e Pablo Barreto (líder de serviço técnico comercial), além do advogado Antônio Jairo dos Santos Araújo e do assessor jurídico Wesley Manoel.
Texto: PJ de Aveiro, com edição de Hannah Franco/Ascom