MPPA, ACNUR e IEB promovem Fórum Empresarial de Empregabilidade para Refugiados e Migrantes
Descrição da imagem: na foto aparecem cinco pessoas sentadas à mesa, de frente para o público.
Nesta quinta-feira (4), aconteceu o Fórum Empresarial de Empregabilidade para Refugiados e Migrantes, promovido pelo Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) em parceria com o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) e o Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB). O principal objetivo do evento foi sensibilizar, esclarecer e informar a respeito da contratação de refugiados. Foram convidados a participar do fórum, o empresariado local, associações, federações, poder público e universidades.
O evento teve início às 14h, no auditório Fabrício Ramos Couto, do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (CEAF) do MPPA. Além da exposição das organizações que promoveram o fórum, houve também painéis de empresas que já estão empregando refugiados e migrantes, para compartilhar suas práticas e experiências.
Descrição da imagem: na foto aparecem várias pessoas sentadas no auditório, há várias mesas dispostas formando um quadrado.
A mesa de abertura do Fórum Empresarial de Empregabilidade para Refugiados e Migrantes contou com a coordenadora do Centro de Apoio Operacional de Direitos Humanos, Ana Cláudia Pinho, a representante do escritório do ACNUR no Pará, Janaína Galvão, o secretário adjunto da Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster), Miriquinho Batista, o coordenador executivo do IEB, Emanuel Amaral e o diretor regional do Serviço Social da Indústria (Sesi), Dario Lemos.
Um dos representantes do ACNUR que participou do evento, o Oficial de Meios de Vida e Inclusão Econômica, Paulo Sérgio de Almeida, baseado em Brasília, destacou que ao contrário do que muitos imaginam, não há nenhuma burocracia adicional para empregar um refugiado: “essas pessoas têm carteira de trabalho, CPF. Acho importante disseminar essa informação porque muita gente pensa que isso vai dar muito trabalho, e na verdade não. Hoje, como toda contratação via eSocial, isso está muito simplificado e o procedimento é exatamente o mesmo".
Janaína Galvão, representante do escritório do ACNUR no Pará, pontuou que a especificidade da situação de refugiados em Belém é por se tratar majoritariamente de uma população imigrante indígena, “o que requer um olhar diferenciado por parte das autoridades locais, porque além de serem refugiados imigrantes também são indígenas e possuem direitos enquanto população indígena, e aí precisa de uma sensibilidade maior pra poder garantir a integração local e que o acesso a serviços observe também suas necessidades específicas e sua cultura, também enquanto população indígena.”
Descrição da imagem: na foto aparecem várias pessoas sentadas no auditório, há várias mesas dispostas formando um quadrado.
A coordenadora do Centro Operacional dos Direitos Humanos (CAODH), Ana Cláudia Pinho, explicou que em parceria com o ACNUR, tem se dedicado à pauta dos refugiados, especialmente, refugiados venezuelanos e indígenas da etnia Warao, que tem ocupado o território paraense nos últimos tempos. “A ideia de fazer esse evento foi para sensibilizar o empresariado local para uma demanda muito urgente, que é a questão da empregabilidade. Para isso, é preciso desmistificar algumas coisas e esclarecer os direitos que essas pessoas tem".
O coordenador executivo do IEB, Emanuel Amaral, pontuou que há um ano, em parceria com o ACNUR, vem desenvolvendo um mapeamento da atividade laboral nos Warao e também oferecer um programa de capacitação para demandas de fortalecimento de capacidades técnicas para inserção no meio do trabalho. “O IEB foi desafiado pelo ACNUR em mobilizar a sua expertise com o trabalho junto aos povos indígenas, especificamente para agendar com os Warao, temos tentado fortalecer uma estratégia para os meios de vida. ” No fórum, o IEB também apresentou o primeiro diagnóstico feito a partir deste mapeamento.
Descrição da imagem: na foto aparecem cinco pessoas sentadas à mesa, uma delas segura um microfone. Ao fundo, aparecem banners com fotos e textos do ACNUR.
Como continuidade da parceria entre o CAODH e a ACNUR, acontecerá nesta sexta-feira (5), o lançamento da exposição, intitulada "Atravessando fronteiras e descobrindo imagens: a importância da integração de pessoas refugiadas", no Boulevard Shopping Belém, parceiro da iniciativa, às 11h. A exposição tem um caráter educativo, com a finalidade de desmistificar informações corriqueiramente veiculadas acerca desse grupo, esclarecendo aspectos jurídicaos, socioeconômicos e as dúvidas mais frequentes.
A exposição será realizada em um hall do shopping, localizado no Piso 1 e ficará disponível ao público até o dia 15 de novembro. O diretor executivo do Shopping, Fernando Severino, esclareceu que a empresa tem interesse em dar continuidade a parceria “a nossa intenção é que não pare por aí, que hoje possamos aprender um pouco sobre de que formas podemos eventualmente ajudar e dar prosseguimento em outras ações também relacionadas a essa questão dos refugiados".
Texto: Juliana Amaral, Ascom