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Justiça acata tese do MPPA e condena réu por feminicídio contra a esposa a 20 anos de reclusão

Belém 21/02/24 16:15

Nesta terça-feira (20) o Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) por meio dos Promotores de Justiça Magdalena Torres Teixeira e Nadilson Portilho Gomes, atuou no júri que condenou o agente de trânsito Diógenes dos Santos Samaritano a 20 anos de prisão em regime fechado, julgado por cometer feminicídio e atirar a própria esposa pela janela em 31 de março de 2019. O crime ocorreu em Parauapebas, mas devido a grande repercussão do caso, teve o julgamento desaforado para o Tribunal de Júri de Belém.

O réu esteve preso preventivamente desde a audiência de custódia ocorrida em 1º de abril de 2019. Segundo relatos de testemunhas, a vítima Dayse Dyana sofria constantes agressões de Diógenes, que também impedia o contato do filho do dois com a família de Dayse, que chegou a denunciar o marido por agressão após ele fraturar o braço dela.

Durante o julgamento, a defesa sustentou a tese de que a vítima teria se atirado pela janela da suíte no segundo andar do local que residiam, e que no momento do crime Diógenes dormia, alegando assim não possuir envolvimento com a queda de Dayse. O réu disse estar embriagado na noite do ocorrido e que por isso não se lembra de ter feito nada contra a vítima, mas assim que foi acordado pelo filho teria notado as próprias mãos ensanguentadas.  Segundo perícia apresentada durante a audiência, Dayse foi agredida antes de ser atirada.  

O júri então reconheceu quatro qualificadoras do crime: motivo fútil, meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e violência doméstica e familiar contra a mulher, sentenciando assim o réu a 20 anos de prisão, incluindo os anos de custódia já que Diógenes está preso desde a época do crime. 

O MPPA irá recorrer da pena aplicada e solicitar uma condenação maior ao réu.

 

Texto: Bianca Galhardo, Ascom/MPPA
Foto: PJ de Parauapebas

 

 

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