Descrição da imagem: na foto aparece a mesa de abertura da Consulta Pública sobre a Ampliação e aparelhamento da Unidade de Conservação Estadual Refúgio da Vida Silvestre Metrópole da Amazônia, realizada na Câmara Municipal de Marituba. Na foto, em destaque, a PJ Auxiliar do CAO Ambiental Alessandra Rebelo Clos, representando o Ministério Público do Pará.

O CAO Ambiental, representado pela promotora de Justiça e coordenadora Auxiliar do CAO Ambiental, Alessandra Rebelo Clos, participou na última sexta-feira (11), de Consulta Pública sobre Ampliação da Unidade de Conservação Estadual Refúgio da Vida Silvestre Metrópole da Amazônia (REVIS). A Unidade abrange os municípios de Ananindeua, Marituba, Benevides e Santa Izabel do Pará. A consulta foi promovida pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade – Ideflor-Bio.

No evento, ocorrido na Câmara Municipal de Marituba, os técnicos do Ideflor-Bio apresentaram mapa com proposta de ampliação do REVIS em cerca de 227 hectares, passando de 6.367 ha para ter 6.595 ha, sendo que a ampliação atinge os municípios de Marituba (144 hectares) e Benevides (83 hectares), conforme a Figura 2.

A presidente do Ideflor-Bio, Karla Bengtson, informou que entre os objetivos para ampliação dos limites da Unidade de Conservação se destacam: a construção do Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres (Cetras), com a finalidade de receber, identificar, avaliar, recuperar, reabilitar e destinar animais silvestres provenientes das ações de fiscalização, entrega voluntária, particulares, recolhidos em áreas urbanas, em situação de risco ou feridos; assim como a construção de nova guarita na entrada principal, na Rua da Pirelli; construção de Unidade de Acolhimento, destinada para pesquisas, palestras e ações de educação ambiental; e de Bioparque, com função educativa de apresentar a fauna amazônica.

 

Foto: CAO Ambiental

Descrição da imagem: a imagem consiste em um mapa da REVIS Metrópole da Amazônia, com borda em vermelho, com destaque para os trechos em azul, nos municípios de Marituba e Benevides, destacando o traçado original.

Estavam presentes, representantes de entidades públicas e da sociedade civil convocados pelo Ideflor-Bio por meio de Edital, publicado no dia 22 de fevereiro, no Diário Oficial do Estado.

De forma geral, os participantes parabenizaram o investimento da REVIS Metrópole da Amazônia, mas apresentaram vários questionamentos sobre a origem dos recursos para financiar as atividades e detalhes dos projetos das ações, uma vez que não foram apresentados durante a Consulta. Os participantes questionaram os impactos do aterro de Marituba sobre a REVIS, bem como informações sobre o processo de licenciamento da Rodovia da Liberdade, por entenderem que os impactos destas obras são complexos e sistêmicos, podendo impactar a Unidade de Conservação.

Os representantes do Ideflor-Bio reforçaram que são obras diferentes e que a compensação ambiental para a ampliação e estrutura da REVIS Metrópole da Amazônia provém de recursos de compensação ambiental decorrente de processos de licenciamento ambiental de empreendimentos de significativo impacto ambiental, no caso, da empresa Hydro-Alunorte.

 

Foto: CAO Ambiental

Descrição da imagem: na foto aparece o público que participou do evento, todos estão sentados no auditório e usam máscaras. O ambiente está cheio, algumas pessoas estão de pé. 

Participaram da Consulta Pública, o diretor do Ideflor-Bio de Gestão de Biodiversidade Crisomar Lobato, o gerente da REVIS Metrópole da Amazônia do Ideflor-Bio Ivan Santos, as representantes do Território Quilombola Abacatal Thamires Teixeira e Vanuza Cardoso, representantes do Movimento de Luta Popular Fora lixão de Marituba, Júnior Vera Cruz e João Victor, o presidente da Câmara de Vereadores de Marituba Alan Besteiro, o secretário de Meio Ambiente de Belém Sérgio Brazão, o secretário adjunto de Meio Ambiente de Ananindeua Gabriel Leal, a secretária de Meio Ambiente de Marituba Vanessa Abreu, a professora da Universidade Federal do Pará Mirleide Chaar, a assessora do CAO Ambiental do MPPA Katia Carvalheiro. 

Texto: CAO Ambiental com edição da Ascom