Atendimento pelo navio-hospital Abaré em Belterra é tema de reunião
O atendimento em saúde pela embarcação Abaré foi tema de reunião realizada pela 8ª Promotoria de Justiça da Saúde de Santarém, em Belterra, na segunda-feira (10), na sede do Sede do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadores Rurais. O encontro, com a participação do Conselho de Saúde municipal, prefeitura, líderes de comunidades e aldeias, discutiu sobre a viabilidade do atendimento do Abaré nas comunidades de Belterra e as estratégias para expandir o atendimento em saúde por meio do navio-hospital.
A promotora de Justiça Lilian Braga ressaltou a necessidade de solucionar a demanda para viabilizar o atendimento pelo Abaré em Belterra, definir o que pode ser disponibilizado e de que forma, por isso as lideranças e poder público foram chamados à reunião. Inicialmente foram relatados os períodos de atendimento do Abaré no município, em anos anteriores, mas atualmente há dificuldades da prefeitura em assumir parte dos custos.
Os representantes de comunidades como Aramanaí , Pedreira, Tauari , Piquiatuba e Bragança Marituba solicitaram que o atendimento seja retomado e relataram problemas no atendimento e acesso à saúde, pela falta de postos, de profissionais, especialmente nos locais mais distantes, como Santa Cruz, a última comunidade da Flona Tapajós.
O médico e professor acompanhante do Abaré, Fábio Tozzi, informou que a finalidade é fazer uma agenda positiva com a Universidade Federal Oeste do Pará (Ufopa) na comunidade, sendo que antigamente havia ajuda de custo de outros programas, mas atualmente há necessidade do apoio público. Os recursos são garantidos para Santarém, e em Belterra, há o Projeto Saúde e Alegria. Ao município de Belterra, solicitou uma equipe de farmácia básica, insumos e laboratório para pré-natal, vacinação, combustível e alimentação.
Lilian Braga reforçou que planejamento é ferramenta de gestão, e que todos precisam preservar o que foi tratado. “Quais as estratégias da Secretaria e Prefeitura para inserir o município de Belterra no Abaré? O papel do Ministério Público é ficar atrás de políticas que facilitem o acesso à saúde, dialogando inicialmente com o prefeito, para então tomar medidas”, disse a promotora, reafirmando a importância da população e do Conselho de Saúde para conseguir dar efetividade ao Abaré. “Precisamos construir alternativas objetivas e obter as estratégias e meios possíveis para conseguir atender a demanda populacional”, concluiu.
No decorrer da reunião foram relatados problemas relacionados às Unidades Básicas de Saúde em Belterra, por isso ficou agendado para o dia 26 de junho uma reunião para tratar do tema.
Texto: Ascom
Fotos: 8ª Promotoria de Justiça de Santarém