Afroteca Willivane Melo celebra dois anos de atividades com programação especial para crianças
Nesta segunda-feira (12) foi realizada em Santarém programação especial para comemorar o aniversário de dois anos de funcionamento da Afroteca Willivane Melo, que atualmente está instalada na sede da Promotoria de Justiça de Santarém. Com a participação de convidados e crianças da rede de ensino municipal, houve apresentação de dança, contação de histórias, roda de capoeira, parabéns e lanche.
A afroteca é uma iniciativa pioneira voltada para a educação antirracista, resultante de parceria do Núcleo de Promoção da Igualdade Étnico-Racial do MPPA (Nierac), com o projeto Kiriku/AFROLIQ (Grupo de Pesquisa em Literatura, História e Cultura Africana, Afro-Amazônica e Quilombola) da Universidade Federal Oeste do Pará (Ufopa).
Nesses dois anos, 1245 visitantes foram recebidos no espaço, que funciona regularmente no Theatro Vitória, no centro da cidade, mas está provisoriamente instalado na sede das Promotorias de Justiça de Santarém. No período foram 52 turmas e 115 professores acolhidos por monitores que integram o projeto.
A abertura contou com apresentação de dança pelo Grupo Pérolas Negras, do quilombo de Saracura. As professoras Beatriz Oliveira e Cleudete Altenis fizeram em seguida uma retrospectiva das ações que resultaram na implantação da afroteca e apresentaram os números relativos aos dois anos de funcionamento.
A promotora de Justiça Lílian Braga, coordenadora do Nierac, participou por chamada de vídeo e destacou a importância da iniciativa e sua expansão para outras localidades. “Um equipamento como esse, uma ideia como essa, uma proposta pedagógica como essa, vai tomar conta do Brasil, eu tenho certeza. Fico feliz demais de que a afroteca esteja no Ministério Público. Isso para nós, institucionalmente, é muito importante. Nós temos um desafio de combater o racismo, enfrentar o racismo e desenvolver ações antirracistas dentro da nossa instituição. A Afroteca Willivane Melo é um desses espaços privilegiados, onde o Ministério Público pode e deve cumprir a sua tarefa institucional de cooperações antirracistas. Então é com muita alegria que eu celebro esses dois anos”, disse Lilian Braga.
O professor Luiz Fernando França, coordenador do projeto Kiriku, anunciou que em breve mais seis afrotecas estarão instaladas na região do Tapajós, incluindo a primeira em um quilombo. “A nossa marca vai espalhar pela região e pelo Brasil”, destacou o professor. Outra novidade é a utilização da nova marca: Afroteca- tecnologia educacional antirracista. “O grupo desenvolveu a afroteca e também agora está registrando uma marca. Todas as nossas afrotecas vão passar a utilizar esse registro, que identifica o nosso trabalho”, informou Luiz Fernando.
A programação contou também com contação de histórias pelo ator e artista visual Francisco Egon, e encerrou com parabéns, lanche para as crianças e roda de capoeira.
Assessoria de Comunicação